Telemedicina no Brasil: como funciona na prática

A telemedicina no Brasil é uma forma de realizar consultas com médicos e especialistas de forma remota que usa tecnologias. Essa modalidade deixou mais fácil o acesso à saúde em todo o país, e a sua utilização cresceu muito no ano de 2020, com a epidemia do Covid-19.

Quais são as modalidades de atendimento, as facilidades e a importância da consulta on-line?

Acompanhe o artigo que preparamos para você e saiba mais.

MODALIDADES 

A lei nº 13.989, de 15 de abril de 2020, que se refere ao hospital, a pacientes, a saúde e a territórios, define e regula a telemedicina no Brasil. Desde então, esse tipo de atendimento ocorre na rede pública e também na rede privada. 

Veja algumas modalidades:

• A teleconsulta: é uma consulta à distância entre médico e paciente. Ela pode ser feita por médico com CRM ativo e o profissional ganha o mesmo que em uma consulta presencial. Praticamente todas as situações médicas podem ser feitas de forma remota, mas o médico que recomenda seu uso;
• O monitoramento médico: o médico acompanha o paciente de forma remota, principalmente aqueles que precisam de acompanhamento contínuo por terem doenças crônicas;
• A assistência remota: o médico atende a distância de seus colegas durante um procedimento médico ou cirúrgico;
• O telediagnóstico: médicos emitem um diagnóstico a partir das informações relatadas pelo paciente de forma remota e sugere o tratamento mais adequado para cada situação.
• A emissão de laudos a distância: após o exame ser realizado pelo paciente, o laudo é feito por médicos conectados de forma on line. Desta forma, o diagnóstico é mais ágil e ocorre de forma segura e prática.

AS FACILIDADES DO ATENDIMENTO

O atendimento on line é uma solução para os principais problemas da saúde pública. Não substitui as consultas comuns, mas facilita o acesso da população a saúde, principalmente os que moram nas regiões isoladas e longes de centros médicos.

Muitas pessoas tem utilizado esse método desde que foi liberado, e a tendência é que, mesmo após a pandemia, ele continue crescendo, por ter sido comprovado que é eficaz.

Sendo assim, simplifica o acesso ao médico para pessoas com problemas de mobilidade e reduz os custos gerados por atendimentos desnecessários e visitas de emergência.

O monitoramento remoto ajuda a manter as pessoas em casa por mais tempo, pois não precisam sair para suprir as necessidades de consulta neste momento de pandemia.

Pacientes que sofrem de doenças crônicas e precisam de um acompanhamento contínuo, também podem ser cuidados de forma remota. Sendo assim, é possível reduzir os custos humanos e financeiros gerados por essas patologias, além de possibilitar mais conforto ao paciente.

Portanto, destacamos duas vantagens principais do atendimento remoto: economiza tempo e ajuda a aliviar o congestionamento nas práticas médicas.

ACESSO 

A telemedicina no Brasil está ajudando a resolver a escassez de profissionais nas áreas rurais e urbanas. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2021, pela Direção de Investigação, Estudos, Avaliação e Estatística, o acesso da população a médicos reduziu em 3,3% entre 2015 e 2018, pela redução de médicos ativos.  

Além disso, a telemedicina no Brasil promove a atuação dos profissionais de saúde liberais, ou seja, podem atuar aqueles que atuam como autônomos, sem estarem vinculados a uma instituição de saúde. Isso pode fortalecer e tornar atrativa a medicina liberal, que no momento está em queda. Uma pesquisa realizada em 2019 pelo CNM,  revela que 62% dos médicos são funcionários, e apenas 12% atendem por conta própria.

A população está aceitando melhor a teleconsulta, em comparação a um ano atrás. A percepção sobre a efetividade deste tipo de atendimento melhorou muito, bem como sua procura. Hoje, quase toda a população já sabe o que é teleconsulta, e muitos já a utilizaram.

A aceitação maior, acaba sendo pela população mais jovem, com menos de 35 anos, que se apresenta mais aberta a utilização da tecnologia na saúde. 

UMA ALTERNATIVA CONTRA O CORONAVÍRUS

As regras para a telemedicina no Brasil foram flexibilizadas, para proteger pacientes e médicos do risco de contaminação. Os pacientes puderam se beneficiar de uma consulta à distância com um médico e assim, conseguirem um diagnóstico mais rápido.

A telemedicina no Brasil se tornou em poucas semanas, uma ferramenta essencial para o apoio e acompanhamento médico dos pacientes. O número de teleconsultas por semana chegou a 1 milhão no auge da crise, em abril, e voltou para a média de 650 mil no final de maio.

A procura maior, foi por médicos da especialidade clínica geral, além de nutrição, psicologia, endocrinologia, etc.

A telemedicina no Brasil é um avanço importante no sistema de saúde nacional, como uma alternativa de acompanhamento médico, na maior parte dos casos. Desta forma, se entende que esse método continuará sendo muito utilizado, em sua maioria para consultas de rotina e pela população mais jovem.

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