Síndrome do pânico: o que é e tratamentos

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Síndrome do pânico: o que é e tratamentos

A síndrome do pânico, também conhecida como transtorno de pânico, é um distúrbio de saúde mental que provoca ataques de pânico recorrentes e inesperados. É caracterizado por episódios de medo intenso e avassalador, acompanhados por uma série de sintomas físicos e emocionais intensos.

Durante um ataque de pânico, uma pessoa pode experimentar sintomas como palpitações cardíacas, sudorese, tremores, falta de ar, sensação de asfixia, dor no peito, tontura, despersonalização (sensação de estar separado de si mesmo), medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer e sensação de formigamento ou dormência nas mãos e nos pés.

Esses ataques de pânico ocorrem de forma imprevisível e podem surgir em situações sem aparente perigo ou ameaça. Assim, muitas vezes, as pessoas que sofrem de síndrome do pânico vivenciam um medo constante de ter outro ataque, o que pode levar à evitação de determinados lugares ou situações para evitar desencadear os sintomas.

 

Quais as causas da síndrome do pânico

As causas exatas da síndrome do pânico ainda não são totalmente claras. No entanto, acredita-se que uma combinação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos e ambientais possa contribuir para o desenvolvimento desse transtorno. Algumas das possíveis causas incluem:

  1. Predisposição genética: A síndrome do pânico pode ter uma tendência familiar, sugerindo uma influência genética no seu desenvolvimento. Certas características hereditárias podem aumentar a vulnerabilidade de uma pessoa a experienciar ataques de pânico.
  2. Desequilíbrios químicos no cérebro: Alterações nos neurotransmissores, como a serotonina, noradrenalina e GABA, podem desempenhar um papel na síndrome do pânico. Assim, essas substâncias químicas estão envolvidas na regulação do humor, ansiedade e resposta ao estresse.
  3. Estresse e traumas: Situações estressantes e traumáticas, como a perda de um ente querido, abuso físico ou emocional, eventos traumáticos ou mudanças significativas na vida, podem desencadear a síndrome do pânico em algumas pessoas. O estresse crônico também pode contribuir para o desenvolvimento do transtorno.
  4. Sensibilidade ao medo: Alguns indivíduos podem ser mais propensos a experimentar uma resposta exagerada ao medo ou a interpretar erroneamente sensações corporais normais como ameaçadoras. Isso pode levar a uma hipersensibilidade ao estresse e desencadear ataques de pânico.
  5. Mudanças biológicas: Alterações no funcionamento do sistema límbico, que está envolvido no processamento das emoções, e do sistema de resposta ao estresse do corpo podem desempenhar um papel na síndrome do pânico. Assim, essas mudanças podem tornar uma pessoa mais suscetível a ataques de pânico.

É importante ressaltar que cada indivíduo pode ter uma combinação única de fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome do pânico. O entendimento dessas causas é complexo e ainda objeto de estudo e pesquisa na área da saúde mental.

 

Diagnóstico da síndrome do pânico

 

O diagnóstico da síndrome do pânico é feita por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou psicólogo. Para chegar a um diagnóstico preciso, o profissional realizará uma avaliação clínica abrangente, que pode incluir:

  1. Entrevista clínica: O profissional fará uma série de perguntas para compreender seus sintomas, histórico médico e psiquiátrico, bem como possíveis fatores desencadeantes e impacto na sua vida diária. É importante ser honesto e fornecer o máximo de informações possível.
  2. Critérios diagnósticos: O profissional seguirá os critérios estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que é uma referência utilizada para classificar transtornos mentais.
  3. Exclusão de outras condições: O profissional descartará outras condições médicas ou psiquiátricas que possam estar causando os sintomas semelhantes aos da síndrome do pânico. Isso pode envolver exames médicos e avaliação cuidadosa dos sintomas para garantir um diagnóstico adequado.
  4. Avaliação de sintomas: O profissional avaliará a presença e a frequência dos ataques de pânico, bem como outros sintomas associados, como ansiedade anticipatória, medo de ter outro ataque, evitação de certas situações ou lugares, entre outros.

É importante que você procure a ajuda de um profissional de saúde mental qualificado para obter um diagnóstico adequado. Eles têm a expertise necessária para fazer uma avaliação precisa e desenvolver um plano de tratamento adequado para a sua situação específica.

Tratamento

Geralmente envolve uma abordagem combinada, que pode incluir terapia psicoterapêutica e, em alguns casos, o uso de medicamentos. Então, o objetivo principal é reduzir a frequência e a intensidade dos ataques, além de ajudar a pessoa a lidar com a ansiedade e melhorar a qualidade de vida. Aqui estão algumas opções de tratamento comuns:

  1. Terapia cognitivo-comportamental (TCC): A TCC é considerada o tratamento de primeira linha para a síndrome do pânico. Essa abordagem terapêutica ajuda a identificar padrões de pensamento negativos e distorcidos, bem como comportamentos de evitação, e auxilia na substituição por pensamentos mais realistas e saudáveis.
  2. Medicamentos: Alguns medicamentos podem ser prescritos para ajudar a controlar os sintomas da síndrome do pânico. Antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) ou os inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSN), são comumente usados. Ansiolíticos, como benzodiazepínicos, podem ser usados em curto prazo para aliviar a ansiedade aguda, mas geralmente não são recomendados como tratamento de longo prazo.
  3. Terapia de exposição: Essa forma de terapia, que faz parte da TCC, envolve a exposição gradual a situações ou objetos temidos, para ajudar a diminuir o medo e a ansiedade associados. Assim, a exposição pode ser feita na imaginação (visualização) ou na realidade, dependendo da situação e da preferência do indivíduo.
  4. Técnicas de relaxamento e manejo do estresse: Aprender técnicas de relaxamento, como respiração profunda, meditação, ioga ou relaxamento muscular progressivo, pode ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse. Assim, essas técnicas podem ser feitas regularmente como parte do autogerenciamento dos sintomas.
  5. Suporte social: O apoio de familiares, amigos ou grupos de apoio pode ser benéfico para pessoas que sofrem de síndrome do pânico. Assim, compartilhar experiências e emoções com pessoas que passam por situações semelhantes pode fornecer um senso de compreensão e apoio.

É importante lembrar que o tratamento para a síndrome do pânico é individualizado, e cada pessoa pode responder de maneira diferente às abordagens terapêuticas. Mas é essencial procurar a orientação de um profissional de saúde mental qualificado para determinar a melhor opção de tratamento para você.

 

 

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