Julho amarelo: combate às hepatites virais

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Julho amarelo: combate às hepatites virais

Julho Amarelo é uma campanha de conscientização sobre as hepatites virais, que acontece no mês de julho. O objetivo dessa campanha é disseminar informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais, além de combater o estigma e a discriminação relacionados a essas doenças.

Durante o Julho Amarelo, ocorrem diversas ações para conscientizar a população, como palestras, campanhas de testagem gratuita, distribuição de materiais informativos, iluminação de monumentos em tons de amarelo e mobilização nas redes sociais. O objetivo é incentivar a prevenção das hepatites virais por meio de vacinação, uso de preservativos, cuidados com a higiene pessoal, não compartilhamento de objetos cortantes e o acesso aos serviços de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

O que são as hepatites virais

As hepatites virais são infecções por diferentes tipos de vírus que afetam o fígado. Existem cinco principais tipos de hepatites virais, os quais são:

Hepatite A (HAV):

É geralmente transmitida através da ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes de uma pessoa infectada. Também pode ocorrer através do contato pessoal próximo com uma pessoa infectada. A hepatite A é uma doença aguda, mas a maioria das pessoas se recupera completamente sem complicações.

Hepatite B (HBV):

É transmitida por contato com sangue ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, como relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas contaminadas e transmissão vertical de mãe para filho durante o parto. A hepatite B pode ser aguda ou crônica, e uma proporção significativa de pessoas com hepatite B crônica desenvolve complicações a longo prazo, como cirrose hepática e câncer de fígado.

Hepatite C (HCV):

É transmitida principalmente por contato direto com sangue infectado, geralmente através do compartilhamento de agulhas contaminadas durante o uso de drogas injetáveis. Também pode ser por via sexual, embora seja menos comum. Assim, a hepatite C geralmente se torna uma infecção crônica, e uma proporção significativa de pessoas com hepatite C crônica desenvolve cirrose hepática e câncer de fígado.

Hepatite D (HDV):

O vírus da hepatite D só pode infectar pessoas que já têm uma infecção ativa pelo vírus da hepatite B. A transmissão do vírus da hepatite D ocorre através do contato com sangue ou fluidos corporais de uma pessoa infectada. A hepatite D pode ser uma infecção aguda ou crônica, e a infecção simultânea com os vírus da hepatite B e D aumenta o risco de doença hepática grave.

Hepatite E (HEV):

A transmissão principalmente se dá por água contaminada com fezes de uma pessoa que tem a doença. A transmissão fecal-oral é a rota mais comum de infecção, geralmente relacionada a condições de saneamento inadequadas e falta de higiene. A hepatite E é geralmente uma doença aguda, mas pode ser grave em mulheres grávidas e em pessoas com doença hepática crônica.

As hepatites virais podem variar em termos de gravidade e evolução. É importante fazer exames de diagnóstico adequados e o tratamento médico para controlar a infecção, reduzir o risco de complicações e interromper a transmissão desses vírus.

 

Como é o tratamento

O tratamento para hepatites virais varia dependendo do tipo de hepatite e da fase da doença. Aqui estão algumas informações gerais sobre o tratamento para cada tipo de hepatite viral:

Hepatite A (HAV):

Não há um tratamento específico para a hepatite A. A doença geralmente é autolimitada, o que significa que o corpo se recupera sozinho ao longo do tempo. O tratamento consiste principalmente em repouso, hidratação adequada e cuidados gerais para aliviar os sintomas.

Hepatite B (HBV):

O tratamento para hepatite B crônica envolve o uso de medicamentos antivirais específicos para reduzir a replicação do vírus e retardar a progressão da doença. Assim, o objetivo é suprimir a carga viral, normalizar os níveis de enzimas hepáticas e prevenir complicações como cirrose e câncer de fígado.

Existem diferentes medicamentos antivirais disponíveis, incluindo inibidores da transcriptase reversa (como a lamivudina, entecavir, tenofovir) e imunomoduladores (como o interferon alfa).

Hepatite C (HCV):

O tratamento da hepatite C crônica evoluiu significativamente nos últimos anos. A terapia padrão é com medicamentos antivirais de ação direta (DAAs), que são altamente eficazes na eliminação do vírus da hepatite C do organismo. Esses medicamentos têm taxas de cura muito altas (superiores a 95%) e um perfil de efeitos colaterais geralmente tolerável.

O tratamento é individualizado e depende de vários fatores, incluindo o genótipo do vírus, o estágio da doença hepática e as condições de saúde do paciente.

Hepatite D (HDV):

O tratamento da hepatite D é complexo, pois o vírus da hepatite D só pode se replicar na presença do vírus da hepatite B. O objetivo principal é tratar a hepatite B subjacente, pois a redução da replicação do vírus B também afeta o vírus D.

Em alguns casos, medicamentos antivirais para hepatite B também podem ser usados para tratar a hepatite D.

Hepatite E (HEV):

A hepatite E aguda geralmente se resolve sozinha sem a necessidade de tratamento específico. O tratamento é para aliviar os sintomas e manter uma boa hidratação.

Em casos raros de hepatite E crônica, pode ser necessário acompanhamento médico regular para monitorar a função hepática.

É importante ressaltar que o tratamento das hepatites virais deve ser feito sob a supervisão de um médico especialista, como um hepatologista ou infectologista. Mas cada caso é único, e o tratamento específico será determinado com base na avaliação clínica individual e nos exames laboratoriais.

 

Como prevenir

A prevenção das hepatites virais envolve uma série de medidas que ajudam a reduzir o risco de infecção. Aqui estão algumas formas de prevenção para cada tipo de hepatite viral:

Hepatite A (HAV):

Lave as mãos regularmente com água e sabão, especialmente antes de manipular alimentos e após usar o banheiro.

Consuma água potável e alimentos seguros, evitando a ingestão de água não tratada ou alimentos contaminados.

Vacine-se contra a hepatite A, especialmente se você estiver em uma área de alto risco ou planejando viajar para uma região com alta incidência da doença

Hepatite B (HBV):

Vacine-se contra a hepatite B. A vacinação é para todas as pessoas, especialmente bebês, crianças e adultos em grupos de risco, como profissionais de saúde, parceiros sexuais de pessoas infectadas, usuários de drogas injetáveis e pessoas com múltiplos parceiros sexuais.

Use preservativos durante relações sexuais para reduzir o risco de transmissão sexual.

Evite o compartilhamento de seringas ou objetos cortantes, como lâminas de barbear ou escovas de dente.

Garanta que os equipamentos usados em procedimentos médicos (como tatuagens, piercings, acupuntura) sejam esterilizados adequadamente.

Hepatite C (HCV):

Evite o compartilhamento de seringas ou objetos cortantes, como lâminas de barbear ou escovas de dente.

Use preservativos durante relações sexuais para reduzir o risco de transmissão sexual.

Tome cuidado ao fazer tatuagens, piercings ou acupuntura, escolhendo estabelecimentos que sigam boas práticas de esterilização.

Na área médica, siga rigorosamente os protocolos de segurança para prevenir a transmissão de sangue ou fluidos corporais.

Hepatite D (HDV):

A prevenção da hepatite D está diretamente relacionada à prevenção da hepatite B, pois o vírus D só pode infectar pessoas com hepatite B ativa. Portanto, siga as medidas preventivas mencionadas anteriormente para a hepatite B.

Hepatite E (HEV):

Beba água tratada e consuma alimentos bem cozidos.

Evite o consumo de água não tratada, gelo feito com água não tratada e alimentos crus ou mal cozidos em áreas com más condições de saneamento.

Tome cuidado ao viajar para áreas com alta incidência de hepatite E e siga as orientações locais de segurança alimentar e higiene pessoal.

Lembre-se de que a vacinação é uma das medidas mais eficazes de prevenção para hepatites virais, principalmente para hepatite A e B. Além disso, manter práticas de higiene adequadas, usar preservativos e evitar comportamentos de risco são fundamentais na prevenção da transmissão dessas infecções.

 

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