Gordura saturada: como afeta o corpo
No Brasil, a população consome uma quantidade significativa de gordura saturada, principalmente através de alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos e refrigerantes, que são ricos em gorduras e açúcares. De acordo com a Pesquisa do IBGE, o consumo médio de gordura saturada pela população brasileira é de 12,5% do valor energético total da dieta. Isso está acima das recomendações da (OMS), que recomendam que a ingestão não ultrapasse 10% do valor energético total.
Além disso, a obesidade e o sedentarismo são problemas crescentes no Brasil, o que pode aumentar ainda mais o risco de doenças cardiovasculares associadas ao consumo excessivo de gordura saturada. Portanto, é importante que a população brasileira adote uma dieta equilibrada e diversificada, com moderação no consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, e mantenha um estilo de vida ativo para reduzir os riscos à saúde.
O que é
A gordura saturada é um tipo de gordura presente em alimentos de origem animal, como carne vermelha, laticínios, manteiga e queijos. Ela é “saturada” porque as moléculas de gordura estão saturadas com átomos de hidrogênio. Por isso, têm uma estrutura molecular mais rígida e sólida em temperatura ambiente.
Ao contrário das gorduras insaturadas, que são líquidas em temperatura ambiente, a gordura saturada pode contribuir para o aumento do colesterol LDL. Também para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares quando consumida em excesso. Por isso, é recomendado limitar o consumo de alimentos ricos em gordura ruim e optar por fontes mais saudáveis de gorduras.
Tipos de gorduras
Existem três tipos de gordura: saturada, insaturada e trans. A principal diferença entre elas é a estrutura química das moléculas de gordura, o que pode afetar a saúde do corpo de maneiras diferentes.
A gordura está presente principalmente em alimentos de origem animal, como carne vermelha, laticínios, manteiga e queijos. Ela é “saturada” porque todas as moléculas de gordura estão saturadas com átomos de hidrogênio, o que lhe confere uma estrutura molecular mais rígida e sólida em temperatura ambiente. O consumo excessivo pode aumentar o colesterol LDL e o risco de doenças cardiovasculares.
As gorduras insaturadas, por sua vez, estão principalmente em alimentos de origem vegetal, como nozes, sementes, azeite e abacate. Elas têm uma estrutura molecular menos rígida do que a gordura saturada e podem ajudar a reduzir o colesterol LDL quando consumidas em quantidades adequadas.
Já as gorduras trans tem principalmente em alimentos industrializados, como bolachas, biscoitos e alimentos fritos. Elas são criadas durante o processo de hidrogenação de óleos vegetais e têm uma estrutura molecular semelhante à da saturada. Isso pode aumentar o colesterol LDL e o risco de doenças cardiovasculares.
Por isso, é recomendado limitar o consumo de gordura e gorduras trans e optar por fontes saudáveis de gorduras insaturadas para manter uma dieta equilibrada.
Como identificar
Para identificar a presença de gordura saturada em alimentos industrializados, é importante ler os rótulos nutricionais dos produtos. A gordura saturada é listada como um dos itens na tabela de informações nutricionais, juntamente com outras informações como quantidade de carboidratos, proteínas, sódio, açúcares e calorias. A quantidade de gordura saturada é geralmente expressa em gramas ou porcentagem em relação ao valor diário recomendado.
Algumas fontes de gordura saturada são mais saudáveis do que outras, por exemplo, o óleo de coco é rico em gordura saturada, mas é considerado mais saudável devido à presença de ácidos graxos de cadeia média.
Como afeta o corpo
O consumo excessivo pode afetar negativamente o organismo de diversas formas, especialmente quando associado a um estilo de vida sedentário e uma dieta pobre em nutrientes. Algumas das principais consequências incluem:
- Aumento do colesterol LDL: A gordura saturada pode aumentar os níveis de colesterol LDL no sangue, o que pode levar à formação de placas nas artérias e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
- Aumento do risco de doenças cardiovasculares: O consumo excessivo pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como aterosclerose, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.
- Aumento do risco de diabetes tipo 2: A ingestão excessiva pode afetar a sensibilidade à insulina e aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
- Aumento do risco de obesidade: Alimentos ricos são densos em calorias e pobres em nutrientes, o que pode contribuir para o ganho de peso e o desenvolvimento de obesidade.
- Prejuízos à saúde mental: Alguns estudos também indicam que o consumo excessivo pode afetar negativamente a saúde mental, aumentando o risco de depressão e ansiedade.
Por isso, é importante limitar o consumo e optar por fontes mais saudáveis de gorduras. Além disso, uma dieta equilibrada, pode ajudar a reduzir o risco de doenças crônicas e melhorar a qualidade de vida.
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